(...) Uma pessoa não está... nítida e imóvel diante dos nossos olhos, com as suas qualidades, os seus defeitos, os seus projectos, as suas intenções para connosco (como um jardim que contemplamos, com todos os seus canteiros, através de um gradil), mas é uma sombra em que não podemos jamais penetrar, para a qual não existe conhecimento directo, a cujo respeito formamos inúmeras crenças, com auxílio de palavras e até de actos, palavras e actos que só nos fornecem informações insuficientes e aliás contraditórias, uma sombra onde podemos alternadamente imaginar, com a mesma verosimilhança, que brilham o ódio e o amor."
(Marcel Proust, in 'O Caminho de Guermantes')
(Que texto forte! Uma foto mais forte ainda! Uma musica brutal...Para transmitir o que interpreto desta trilogia... Dizem que: “Há três coisas na vida que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a oportunidade perdida e a palavra pronunciada.”...A mim sinceramente doem-me mais os silêncios e (alguns) actos feitos do que as injúrias das palavras ditas!...As palavras muitas vezes são ditas no calor dos momentos, com cabeça quente!!! Para quem é impulsiva, como eu sou, muitas vezes dizer determinadas palavras no calor dos momentos, é muito menos preocupante do que os silêncios pensados e meditados de quem os pratica. Silêncios esses que são propriedade de uma só pessoa, impenetráveis, dolorosos, cruéis. Enquanto as palavras e os actos, são de todos, porque são públicos...A impulsividade é um defeito? Pode ser. Mas simultaneamente pode ser uma virtude, porque é espontânea, é de momento, não é artificial... E se a virmos como sendo uma virtude, ela só é compreendida por poucos, aceite por muitos menos. Porque a capacidade de aceitar os outros é algo de extraordinariamente único. Não queiramos mudar os outros e faze-los à nossa semelhança, antes pelo contrário, tentamos ajustarmo-nos a quem nos faz sorrir, rir e nós traz paz, alegria e acima de tudo nos compreende e aceita como somos. É a isto que se eu chamo Viver. O que nos faz brilhar os olhos... O Amor? Pois não sei como se chama o sentimento. Eu apelido-o de Único, puro e verdadeiro! E esse sentimento, que é meu, dou-o a quem eu acho que o merece. Como alguém uma vez me disse: "os teus sentimentos não são para quem quer, são para quem pode e tu deixas!..." Tão verdade...)
(Um Sorriso)
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